terça-feira, 28 de setembro de 2010

Adriane Lorenzon aderindo ao Facebook

Gente, tantas ferramentas à disposição no mundo virtual - que já é real.
Não tenho tanto tempo para atualizar informações nem uma equipe formada para tal procedimento.
Mas acabo de me filiar ao facebook e ao twitter.
Adriane Lorenzon

Criar seu atalho
Meu perfil no twitter é o @adrianelorenzon

sábado, 11 de setembro de 2010

Veja e seus equívocos

Não é de hoje que o leitor atento ao mundo que o cerca, observa que há periódicos, autores, jornalistas, professores, livros, diretores de cinema etc, equivocados na maneira de se expressar. Imagino que por conta mesmo do nível intelectual e moral de cada um. Isso vai diminuindo conforme vamos nos aprimorando como seres perfectíveis que somos.


A revista Veja tem em seu histórico um portfólio de equívocos grosseiros. Só para lembrar a matéria sobre Cazuza nos anos de 1990 e, agora, mais recentemente, a reportagem sobre o filme Nosso Lar. Há profissionais (?) como Diogo Mainardi que durante muito tempo (e não posso afirmar que ainda o é, pois há muito tempo nem folheio a revista Veja) que se deliciam com uma vontade extraordinária, digamos assim, ácida e pré-julgadora de pessoas e fatos, acima do bem e do mal. Será essa revista e seus empregados da redação representantes do tão propalado Quarto Poder?


"Hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamás" (C. Guevara).


O filme Nosso Lar estreou no último dia 3 de setembro e, incrivelmente, bateu o recorde de bilheteria nacional de filmes como  "Se eu fosse você 2", de Daniel Filho. Em outro post vou falar de Nosso Lar, ok?


Acompanhe a carta de Richard Simonetti, um dos principais autores estudiosos do Espiritismo brasileiro, enviada à redação de Veja. Esse mesmo autor, já fez o mesmo à redação da revista Superinteressante, em outro assunto e contexto.


*******************************
Richard Simonetti lamenta em carta à revista Veja:

(foto: www.centroespiritafxs.com.br)


Carta para a revista VEJA 1 de setembro de 2010

Senhor redator.

Como espírita, assinante dessa revista há muitos anos, lamento o
tom de deboche que caracterizou sua reportagem sobre o filme Nosso Lar,
o que, diga-se de passagem, também está presente em matérias sobre
outras religiões. Nesse aspecto, VEJA é uma revista coerentemente
debochada. Não respeita a crença de nenhum leitor.

Pior são os erros de apreciação sobre a Doutrina Espírita, revelando
ignorância do repórter, uma falha perigosa, porquanto coloca em
dúvida outras matérias e informações. Como saber se os responsáveis
estavam preparados para escrevê-las, evitando fantasias e
especulações?

Para sua apreciação, senhor redator, algumas “escorregadelas”
do repórter:

a) Grafa entre aspas o verbo desencarnar. Só teria sentido se ainda
não houvesse sido dicionarizado. Por outro lado, noventa por cento
dos brasileiros são espiritualistas, isto é, acreditam na existência e
sobrevivência do Espírito. Este ser imortal desencarna, jamais morre.
A minoria materialista, que acredita que tudo termina no túmulo,
certamente terá surpresas quando “morrer”.

b) Fala em cordilheira de ectoplasma onde se situaria Nosso Lar.
De onde tirou isso? Ectoplasma é um fluido exteriorizado pelos
médiuns para trabalhos de materialização. Os físicos, esses visionários
cujas “fantasias” acabam confirmadas pela Ciência, falam hoje que há
universos paralelos, que se interpenetram, semelhantes ao nosso. A partir
daí, não é difícil imaginar o mundo espiritual descrito por André Luiz
como parte de um universo paralelo com seres e coisas semelhantes à
Terra, feitos de matéria num outro estado de vibração, não um mundo “ectoplasmático”, mas de quintaessência material. Nada de se admirar,
portanto, que em cidades desse mundo existam pessoas com “uma rotina
parecida com a dos vivos: comem, bebem, trabalham e moram em casas
modestas ou melhorzinhas”. Espirituoso esse “melhorzinhas”. Imagina
o repórter que o Espírito é uma fumaça sem forma, sem consistência,
habitando um nada?

c) Situa o aeróbus, um transporte coletivo que voa, como algo improvável.
Menos mal que não tenha escrito impossível. De qualquer forma, ignora,
certamente, que pesquisadores estão aperfeiçoando veículos dessa natureza,
em alguns países, como solução para os problemas de trânsito e que
no universo paralelo, o mundo espiritual, de matéria quintaessenciada, é muito
mais fácil resolver problemas relacionados com a gravidade. Ou,
imagina que tudo flutua por lá?

d) Diz jocosamente que “o visual da colônia dos espíritos de luz
comprova: o brasileiro pode até se livrar do inferno, mas não escapa
nem morto da arquitetura de Oscar Niemeyer. A cidade fantasmática de
Nosso Lar é a cara de Brasília…” Não se deu ao trabalho de comparar
datas e não percebeu que, mais apropriadamente, Brasília copiou
Nosso Lar, visto que a cidade espiritual foi descrita por André Luiz em
1943, enquanto a construção de Brasília foi planejada e ocorreu no
governo de Juscelino Kubistchek, de 1956 a 1961, inaugurada em 1960.

Quanto ao mais, seria recomendável aos repórteres da VEJA o benefício
de um estudo acurado e sem prejulgamento do livro que deu origem ao
filme, psicografado por esse atestado vivo de integridade e amor à verdade,
que foi o médium Chico Xavier, para compreenderem qual é o objetivo
dessa magistral obra, como resume o Espírito Emmanuel, no prefácio:

André Luiz vem contar a você, leitor amigo, que a maior surpresa da
morte carnal é a de nos colocar face a face com a própria consciência,
onde edificamos o céu, estacionamos no purgatório ou nos precipitamos
no abismo infernal; vem lembrar que a Terra é oficina sagrada, e que
ninguém a menosprezará, sem conhecer o preço do terrível engano
a que submeteu o próprio coração.

Richard Simonetti
www.richardsimonetti.com.br