(Arte: autoria desconhecida)
Quando o país se encontrava às margens da bancarrota com a
inflação lá em cima e inúmeros empréstimos tomados do Fundo Monetário
Internacional, o temível e terrível FMI, os movimentos sociais diziam que
precisávamos nos independentizar dessa extorsão. Aos poucos, o Brasil se fez
“livre”, então, de instituições e países com generosidade duvidosa. E o tema da
independência parece ter se arrefecido...
Todo dia 7 de setembro é a mesma coisa. Durante a semana, um
documentário na tevê paga ou pública sobre a história do Brasil; nas escolas,
talvez, um apanhado do que é a data que lembra o ano de 1822; no dia, a mídia
transmite os desfiles comemorativos e alguns grupos manifestam-se contra um
fato ou medida do governo de sua época. Para 2013, as massas prometem invadir as
cidades: “Vem pra rua”!
Falando nisso, em diversas localidades brasileiras, desde os
anos 1990, entidades sociais realizam o Grito dos Excluídos na Semana da
Pátria. O manifesto convoca a sociedade a refletir sobre a exclusão social no Brasil e culmina no dia 7 objetivando, segundo o site gritodosexcluidos.org, transformar a participação passiva da
população nas comemorações dessa data em cidadania consciente e ativa. Da hora,
não?
Mas de qual independência estamos falando? No portal há uma
pista: “A verdadeira independência
passa pela soberania da nação”. E o que é um país soberano? Aquele que “costura
laços internacionais e implementa políticas públicas de forma autônoma e livre”.
Em que organizações variadas da sociedade, incluindo o Estado, e a população
inteira se esforçam solidariamente para construir uma vida digna e justa para
todos...
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