(Arte: autoria desconhecida)
Sempre amei estudar. Não sei qual estímulo recebi nem como
isso se fez em mim. Provavelmente, essa história começou com uma provocação na
infância e, depois, cresceu numa grande confluência de motivações. A propósito,
muitos de meus professores não tinham habilidade para auxiliar nesse
despertamento. Ademais, a ditadura militar, a sociedade machista e influências
culturais estimulavam o contrário.
Claro, algum professor deve ter exercido papel fundamental
para hoje eu ter um coração de estudante. Sou ávida por conhecer, descobrir,
escarafunchar. Não me contento com pouco, quero sempre mais, saber algo que me
complemente e me torne melhor – está na minha alma e na minha digital
profissional. Como não saberei tudo, edifico-me eterna estudante. Impossível a
completude? Bora recomeçar!
Nesse sentido, minha família e o clima lá de casa durante a meninice
e adolescência contribuíram sobremaneira para esse meu gostar. Livros de Monteiro
Lobato; gatos e cães nos ensinando sobre respeito e cuidado; sem tevê, jornais
ou revistas infantis, muito menos canetinhas coloridas – só o velho rádio de
pilha. O que mais havia não era material, mas o incentivo ao estudo, que nunca
desistíssemos do aperfeiçoamento.
A mensagem ficou. É até óbvia, porém extremamente necessária
ser ouvida diversas vezes quando criança. Ali, a gente vai gravando e
selecionando o que será de suma importância nas decisões da vida, na escolha
dos caminhos. Afinal, o que fica é o que reunimos em nós e distribuímos ao
mundo. Ao morrer, não levamos nada – apenas os bem-fazeres e delicadezas que ofertamos
e a ternura que nasce em nós...
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